O e-commerce, tem vindo a evoluir desde 2014, o que significa que as pessoas têm revelado o interesse em comprar cada vez mais através dos canais digitais. A maior facilidade de acesso à internet, uma maior confiança nos processos de compra ou venda online, o maior número de ofertas online, a massificação da inteligência artificial e as mudanças nas gerações de consumidores, são alguns dos motivos.
Hoje em dia, praticamente tudo pode ser comprado online e com a situação pandémica atual causada pelo Coronavírus, que afetou as vendas de grandes e pequenas empresas, o comércio eletrónico é claramente uma oportunidade!
First Things First…O Que É E-commerce?
E-commerce ou Comércio Eletrónico em português, é um modelo de comércio onde os negócios e transações financeiras são realizadas online via dispositivos e plataformas eletrónicas, como computadores, tablets e smartphones.
Este tipo de comércio pode ser realizado em diversos canais de vendas. O mais conhecido é a loja online. No entanto, também existem outros, como marketplaces ou vendas nas redes sociais, que falaremos mais à frente.
O conceito surgiu na década de 60 e tem vindo a evoluir até aos dias de hoje, transformando a economia mundial e permitindo que lojas físicas alarguem os seus canais de venda e de comunicação, podendo assim alcançar novos clientes com um baixo custo.
É cada vez mais uma realidade e uma necessidade na sociedade e no mundo dos negócios. Não se trata apenas de uma tendência, mas também de um crescimento evidente sentido ao longo dos anos, com uma oferta mais privilegiada para os consumidores digitais.
No entanto, ainda existem empresas e entidades individuais que não estão inteirados sobre e-commerce e os benefícios que este poderá gerar para o seu negócio e, que por essa razão, ficam recetivos em avançar. No entanto com as ferramentas e os profissionais certos, estas podem ter a oportunidade de gerar mais visibilidade e negócio para as suas marcas.
Tipos De E-commerce
Existem diferentes tipos de e-commerce, tal como no comércio offline:
?B2B (Business to Business): Este é o modelo de comércio electrónico que se realiza entre duas empresas ou com fim de revenda.
?B2C (Business to Consumer): Este tipo de modelo é o mais usado pelas empresas e negócios que desejam disponibilizar a sua oferta em formato offline e em formato online. Ainda que não haja a necessidade de ter uma loja física para que o negócio funcione (como as portuguesas Farfetch e Prozis por exemplo), há muitas redes que oferecem o e-commerce como um canal adicional para a compra.
?C2C (Consumer to Consumer): Este modelo envolve transações entre dois ou mais consumidores, através de um marketplace, em que as pessoas podem vender uma infinidade de produtos distintos, sendo que os mais característicos são artigos usados e criações próprias, como roupas, artesanato, doces e muito mais. Um exemplo evidente é o OLX.
?C2B (Consumer to Business): O modelo de e-commerce C2B é um modelo de negócios em que os consumidores criam valor e as empresas consomem esse valor. Outra forma de C2B é os consumidores oferecerem produtos e serviços às empresas e as empresas pagam aos consumidores. Um exemplo muito concreto são os bancos de imagens como o iStock e o Shutterstock.
?B2A (Business to Administration): Acontece quando uma empresa vende produtos ou serviços a uma instituição pública. Por exemplo, é detentor de um software que pode desenvolver um sistema de gestão de gastos inteiramente voltado para a administração dos recursos de um município. Neste modelo de e-commerce, muitas vezes as empresas têm de passar por um processo de licitação, no qual concorrem para poder prestar o serviço ou vender os seus produtos.
?S-commerce (Social Commerce): Este é um dos canais digitais pelo qual poderá vender os seus produtos. Já muitas redes sociais permitem criar uma loja virtual acessível diretamente do perfil comercial da marca. Este modelo tem crescido à medida que as plataformas de redes sociais criam funcionalidades de venda direta e indireta. O próprio Facebook já tem um Marketplace por exemplo.
?M-Commerce (Mobile Commerce): sendo as compras por telemóvel ou tablet muito frequentes, já existem imensas Aplicações de e-commerce para dispositivos móveis. Além de investirem no desenvolvimento de aplicativos próprios, as lojas virtuais estão a dar mais atenção à adaptação dos seus sites para os gadgets, principalmente em termos de design responsivo.
?T-Commerce (TV Commerce): este é um termo que descreve o comércio através de um aparelho de TV digital para além da sua principal funcionalidade. O T-commerce fará deste canal uma via multifuncional, onde os espectadores podem comprar e interagir com as suas marcas favoritas.
Com o mundo em casa devido à pandemia de Covid-19 e com a maioria do comércio fechado, a procura pelo canal online acentuou-se brutalmente.
Evolução E Fatores De Crescimento Do E-commerce Em Portugal E A Nível Mundial
Os primeiros dados das compras que os portugueses fizeram através da Internet revelam uma mudanças de hábitos de consumo, em que é evidente o aumento das compras online e a diminuição das transações com cartões.
Existem várias razões para as vendas online crescerem todos os anos como referimos anteriormente. Desde o número de pessoas com acesso à internet em constante crescimento, a uma maior confiança nos processos de compra e venda online, a cada vez existir mais ofertas online,etc. De uma forma geral a venda online tende a aumentar (e muito! Acredite).
Segundo o Google Trends, a evolução das pesquisas no Google pelo termo “comprar online” desde o início do ano até final de Abril , a nível mundial, tem um aumento bastante evidente! Em Portugal também é evidente esse aumento.
Abaixo, é evidente, pela análise dos tópicos e consultas relacionadas com este termo de pesquisa, que de 1 de Janeiro a 30 de Abril, os utilizadores em Portugal que pesquisaram por “comprar online”, também tiveram interesse em comprar online máscaras, vinho e comida.
Impacto Da Pandemia No E-commerce
Os números aumentaram para a maioria das empresas que vendem bens essenciais. Obviamente que nem todas as empresas no comércio eletrónico são iguais e obtiveram os mesmos resultados, mas a maioria das pessoas que fazem negócios de bens de consumo, como os supermercados, viu os números dispararem.
A longo prazo a mudança dos comportamentos de compra pode ser criada pelas empresas, incentivando os seus clientes a comprar online. Pessoas que jamais fariam as suas compras de supermercado online, começaram a fazê-lo!
Em Portugal, só na semana entre 30 de Março e 3 de Abril, a SIBS (que gere a rede Multibanco) registou um aumento à volta de 18% nas compras online de serviços e de produtos. Este período de tempo corresponde ao anúncio pelo Governo de que o país ia entrar num segundo período do estado de emergência reforçado.
Ainda que a um ritmo lento, o e-commerce em portugal tem evoluído, com a consciencialização do digital nas pessoas e empresas. No entanto, o nosso país é avaliado como um grande potencial no crescimento deste setor, fruto das grandes evoluções tecnológicas que se têm verificado.
Mais do que nunca, o e-commerce é bastante importante. Para aqueles que nunca tinham explorado este canal tiveram no e-commerce uma solução. Assim como muitos utilizadores que jamais fariam compras online, acabaram agora por fazê-lo.
Toda esta situação atual, deixará marcas na história. Tanto nas pessoas como no comércio. No entanto as empresas não podem apenas “aproveitar” esta altura para dar destaque ao seu e-commerce, pois este cada vez mais estará em destaque. A forma como cada marca vai conseguir responder agora e assumir uma experiência bem-sucedida pode determinar a fidelização do cliente em detrimento de outra.
A forma como o coronavírus está a afetar as grande e as pequenas empresas, torna absolutamente essencial colocar o foco no e-commerce.
Infelizmente, existem algumas empresas no comércio eletrónico que não sobreviverão a este período por diversos motivos como, os tipos de produtos que vendem ou a categoria em que estão inseridos, entre outros. Portanto, não é uma solução para todos.
Mas em 2019, no total das vendas a retalho, a quota do comércio eletrónico foi de cerca de 14% e continua a crescer a olhos vistos! Esse crescimento é devido à aceleração do comportamento das compras online. Pessoas que talvez não se sentissem tão confortáveis a fazer compras online estão agora a entrar nesse mercado.
As empresas têm neste contexto uma oportunidade para se afirmarem no e-commerce, podendo desta forma não só gerar maior volume de vendas neste canal, mas também conquistar e fidelizar novos públicos que tradicionalmente estão menos disponíveis a comprar pela internet.
*Fontes:
- Google trends
- Jornal expresso – https://expresso.pt/coronavirus/2020-04-22-Covid–19.-Como-vai-o-consumo–Com-mais-compras-online-e-menos-promocoes
- https://www.dinheirovivo.pt/opiniao/o-day-after-do-e-commerce/
- www.sibsanalytics.com
- https://www.statista.com/statistics/534123/e-commerce-share-of-retail-sales-worldwide/
- https://www.garyvaynerchuk.com/why-companies-need-to-lean-into-e-commerce-now-more-than-ever/